MITSUBISHI E OUTRAS EMPRESAS JAPONESAS DEIXAM SOCIEDADE DA ECOVIX

estaleiro rio grandeA crise do setor naval nacional não parece estar próxima de um fim e, com isso, as empresas japonesas com participações na Ecovix, braço de construção naval e offshore da Engevix, acertaram sua saída do empreendimento. O grupo, liderado pela Mitsubishi Heavy Industries (MHI), teve sua decisão confirmada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), que também aprovou a compra da participação de 30% das nipônicas pela Jackson Empreendimentos, detentora dos demais 70%. A expectativa é que a oficialização deste acordo venha ainda este mês, com a assinatura do acordo.

A transação será feita a um custo simbólico, já que o investimento de US$ 300 milhões, feito em outubro de 2013, deverá ser dado como “perda” pelos japoneses. Além da MHI, também investiram na empresa a Mitsubishi Corporation, os estaleiros Imabari, Namura e Oshima Shipbuilding.

A Ecovix é detentora do Estaleiro Rio Grande, que tem contratos assinados com a Petrobrás para construção de oito casos de plataformas para o pré-sal e tinha de entregar três sondas de perfuração para a Sete Brasil, que também vem sofrendo com a crise e pode vir a pedir recuperação judicial em um futuro próximo.

A Operação Lava Jato investiga as relações entre a Engevix, sua subsidiária Ecovix, e a Petrobrás. Dois sócios da Engevix já foram presos pela Lava Jato: Gerson Almada, condenado a 19 anos de prisão, e José Antunes Sobrinho, que cumpre prisão domiciliar desde setembro.

Em dificuldades financeiras, a companhia está passando por uma reestruturação, organizada pelo banco Brasil Plural, como o Petronotícias revelou recentemente, e busca novos sócios. A ideia é encontrar alguém disposto a investir a longo prazo no Estaleiro Rio Grande, visando concluir os trabalhos contratados pela Petrobrás e captar novos.

Uma das empresas que surge no radar de possíveis interessadas é a China Offshore Oil Engineering Coporation (COOEC), do mesmo grupo da China National Offshore Oil Coporation (CNOOC). O interesse faz sentido, já que a CNOOC é sócia da Petrobrás no campo de Libra do pré-sal brasileiro, área para onde serão enviados os cascos concluídos pela Ecovix.

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Mandacaru

Quem tem princípios e honradez, chega a este ponto em desfazer um contrato que durou pouco mais de 2 anos, muitas falcatruas e enganações e em dar como perdido o investimento inicial de USS 300 milhões, hoje talvez valesse a metade, pelo cambio da época. O grupo japonês perdeu a os 300 milhões, mantendo o nome e a integridade, escapulindo de noticiários depreciativos, em que as perdas seriam bem maiores, salvaram-se os dedos. O povo gaúcho, juntamente com os outros brasileiros vindos de outras regiões, além da instabilidade vivida neste período por poucos, pois a maioria já se escafedeu por… Read more »