MPF PEDE CONDENAÇÃO DE DIRCEU, VACCARI E SÓCIOS DA ENGEVIX POR ESQUEMAS DE PROPINAS NA PETROBRÁS

dirceuNovas sentenças, velhos personagens. Após revelações nas últimas etapas da Operação Lava-Jato, o Ministério Público Federal (MPF) pediu na noite desta quinta-feira (7) a condenação do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu (foto) e do ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, por crimes de corrupção passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro. Embasado em revelações feitas com a 17ª fase das investigações, que foi batizada de Pixuleco, o despacho pede que seja adotado o regime fechado para o cumprimento das penas. Além deles, os procuradores requerem a condenação de mais 13 pessoas, entre as quais estão executivos da Engevix e operadores de propinas.

O pedido feito pelo MPF deverá agora ser analisado em instância final pelo juiz Sérgio Moro, que poderá decretar nova condenação. O documento, que agrava o peso sobre as figuras recorrentes de Dirceu e Vaccari, também tem como alvo os sócios da Engevix Gerson Almada, Cristiano Kok e José Antunes Sobrinho. De acordo com a Justiça, eles utilizaram serviços do lobista Julio Camargo e dos operadores financeiros Milton e José Adolfo Pascowitch.

No texto, os procuradores afirmam que Pascowitch, Dirceu, Antunes e Kok seriam os “responsáveis pela promoção e pela organização de seus respectivos núcleos criminosos, assim como pelo comando de atividades criminosas por meio delas perpetrados”. Segundo eles, os investigados “usaram sua formação e conhecimento para produzir males sociais”, sendo, portanto, “agentes de múltiplas ações criminosas”.

A Engevix, que atuava junto à Petrobrás em diversos projetos, é acusada de ter movimentado cerca de R$ 56,8 milhões em propinas de cinco contratos assinados com a estatal. O dinheiro seria repassado então a ex-funcionários da petroleira, como Pedro Barusco e Renato Duque, e a pessoas ligadas ao PT e a Dirceu. De acordo com o MPF, o ex-ministro teria recebido pagamentos ilegais por meio de contratos forjados entre a Engevix e sua empresa JD Assessoria.

No despacho, o órgão pede também a condenção de Fernando Moura, Olavo Moura, Luiz Eduardo Oliveira, irmão de Dirceu, Roberto Marques, assessor do ex-ministro, e Júlio Cesar dos Santos, corretor de imóveis.

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