RITMO DE PERFURAÇÕES CONTINUA EM QUEDA ACELERADA NA INDÚSTRIA MUNDIAL DE PETRÓLEO

sondaO preço do barril já sinaliza o início de uma retomada no mercado global de óleo e gás, mas o momento ainda é de grandes prejuízos para a indústria. Com a redução drástica de investimentos no setor, é cada vez menor o volume de projetos de exploração e o resultado desse encolhimento fica claro no novo relatório mensal da Baker Hughes, divulgado esta semana. De acordo com a pesquisa, o número de sondas de perfuração ativas em todo o mundo sofreu nova queda, saindo de um total de 1.761 unidades em fevereiro para 1.551 em março. No período de um ano, a crise levou à desativação de 1.006 sondas exploratórias.

Os impactos financeiros do segmento preocupam quanto à continuidade de importantes projetos, tanto em operações offshore quanto onshore, que hoje têm sua viabilidade posta em xeque. Ao longo do último mês, a indústria mundial aposentou 14 sondas marítimas e outras 197 em terra.

Com o corte de projetos que vem se intensificando ao longo dos últimos meses, a queda mais acentuada se deu na América do Norte. À medida que a indústria de petróleo dos Estados Unidos desativou mais 54 sondas, dando continuidade à sequência que se estabeleceu no último ano, o Canadá apresentou uma forte redução de 123 unidades. Atualmente, os países contam com 478 e 88 sondas, respectivamente, e a tendência não é de melhora a curto prazo. O mercado norte-americano teve seu portfólio cortado em mais da metade desde março do ano passado, quando contava com 1.110 sondas; o mesmo acontece com a indústria canadense, que somava 196 unidades no mesmo período.

A América Latina também liderou o índice de desativações, perdendo um total de 19 sondas entre os meses de fevereiro e março. Na comparação anual, são 133 sondas a menos, tendência que foi acompanhada por praticamente todas regiões do globo. O continente europeu teve mais 11 sondas desativadas ao longo do mês passado, enquanto a queda foi de sete unidades no Oriente Médio.

Na contramão desse cenário, no entanto, foi registrado leve crescimento nas operações da África e da região da Ásia e do Pacífico, que vêm atraindo novos investimentos de exploração com foco no longo prazo. Impulsionado por menores custos, o mercado africano de óleo e gás apresentou um aumento de 3 sondas em seu portfólio na comparação com fevereiro, embora tenha sofrido redução no ano. A indústria asiática, por sua vez, manteve os níveis estáveis e teve uma sonda entrando em operação.

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