ODEBRECHT VAI À JUSTIÇA CONTRA PETROBRÁS POR US$ 74 MILHÕES

odebrechtNovos problemas surgem no horizonte da Petrobrás. Desta vez, a Odebrecht irá entrar com cinco ações judiciais contra a companhia até meados de janeiro por conta de atrasos no pagamento de um contrato de prestação de serviços para a companhia. A Odebrecht irá pedir US$ 74 milhões (R$ 185 milhões) pelos trabalhos realizados em diversos países, mas que até hoje não foram pagos.

Obras realizadas pela Odebrecht em seis países não tiveram seu pagamento honrado pela estatal. Os serviços foram concluídos em fevereiro deste ano, mas parte do valor acordado ainda não foi recebido. Os projetos realizados nos Estados Unidos representam uma dívida de US$ 50 milhões da Petrobrás com a construtora, os realizados na Argentina US$ 21 milhões, Chile US$ 2,93 milhões, Uruguai US$ 406 mil, Brasil US$ 270 mil e Paraguai US$ 90 mil.

O contrato foi assinado pelas companhias em outubro de 2010 e previa US$ 825 milhões em serviços de segurança, meio ambiente, e saúde. O projeto previa trabalhos em outros quatro países – Japão, Bolívia, Equador e Colômbia -, mas em 2013 a Petrobrás decidiu reduzir o tamanho do contrato após a revisão do plano para os ativos no exterior, que passaram a receber menos fundos para priorizar o pré-sal.

Não só o número de países foi reduzido, como o valor a ser gasto em cada um. No Brasil, por exemplo, o valor estimado era de US$ 83,18 milhões, mas após a revisão do plano para ativos no exterior ficou em US$ 62,86 milhões. Uruguai e Argentina também tiveram seu valor de investimento diminuído, enquanto os Estados Unidos mantiveram seu valor inicial, e o Paraguai recebeu o único aumento, saindo de US$ 38,25 milhões para US$ 47,74 milhões.

O caso do Chile é bastante específico, já que também foi retirado do contrato na revisão feita em 2013, mas a Odebrecht afirma que já havia mobilizado recursos como mão de obra e equipamentos para a prestação do serviço. Este será o primeiro caso a ser julgado pela Justiça, já que foi ajuizada nesta segunda-feira (01) na 9ª Vara Cível do Rio de Janeiro.

As versões apresentadas por Petrobrás e Odebrecht são bastante distintas. Enquanto a construtora afirma ter recebido um email de Walter Cavalcanti Neves, identificado como diretor de operações e logística da Petrobrás no Chile, afirmando que a Petrobrás Brasil havia concordado com o valor de US$ 2,93 milhões, a estatal afirma que não recebeu a documentação comprobatória de custos no Chile, seis meses depois reconhecendo um valor de US$ 962,83 mil.

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