PETROBRÁS SE NEGA A PAGAR DÍVIDA COM A ALUMINI E DECIDE TIRAR A EMPRESA DAS OBRAS DA RENEST

snoxDevo não pago, nego enquanto puder. Esta frase parece ter balizado a decisão da Petrobrás para cancelar o contrato com a Alumini na Refinaria Abreu e Lima. A estatal vai convidar outra empresa para terminar a obra  do SNOX, o coração da RNEST, em Pernambuco. A obra está sob a responsabilidade da Alumini (ex-Alusa), que cobra um débito de R$ 1,2 bilhão da empresa estatal por compromissos assumidos e não cumpridos durante a obra, que passou por vários problemas. Desde erros no seu projeto básico, até aumentos nos preços de peças fundamentais que eram produzidas por fabricantes únicos no exterior.

Com o não pagamento dos aditivos (que ainda não foram aprovados pela Petrobrás,  por isso a empresa não considera como sendo dívida), a Alumini deixou de pagar seus funcionários e criou um rastro de problemas. Para ela mesma e para os mais de 4 mil funcionários que  continuam de braços cruzados, sem esperança de uma solução nos próximos meses.  Sem a unidade de SNOX funcionando, nada de produzir Diesel sem Enxofre, razão principal para o investimento realizado na RNEST.

Sem a  unidade de tratamento de gases tóxicos, será extremamente difícil  a autorização para a refinaria funcionar à capacidade plena. A empreiteira alega não receber da Petrobrás e  nem ter tido  autorização para emitir faturas de serviços já realizados e concluídos. A briga promete seguir adiante num sistema de arbitragem na justiça. Enquanto isso, ainda não se sabe ao certo o que a Petrobrás irá fazer. Ela não pode chamar 23 grandes empresas brasileiras que foram suspensas preventivamente. Precisará recorrer  a outras empresas brasileiras ou a empresas estrangeiras que queiram pegar um projeto no meio de confusão difícil de se resolver pacificamente. Por enquanto, a obra está parada. E, dependendo de quanto tempo demorar para resolver o problema, maior será o prejuízo. Até agora, existe uma verdade: a Alumini fez 90% de uma obra e 75% da outra, não recebeu, deve aos seus funcionários e acabou tendo seus contratos cancelados. Só a justiça poderá resolver.

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Outras empresas que atuam na RNEST também começam a parar e desmobilizar.