PRODUÇÃO DE PETRÓLEO NO BRASIL FICOU ESTÁVEL EM MARÇO ENQUANTO DEMANDA POR COMBUSTÍVEIS JÁ APRESENTA QUEDA

fpso sol 2O novo boletim mensal sobre a produção de óleo e gás revelam estabilidade nos volumes extraídos em março na comparação com o mês anterior. De acordo com os dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP), a produção de petróleo no período foi de 2,968 milhões de barris por dia, uma ligeira queda de 0,12% ante fevereiro. Vale lembrar que somente a partir de abril que os números devem sofrer a esperada queda, em virtude da redução de produção anunciada pela Petrobrás no início do mês.

Em relação ao gás natural, a produção em março foi de 121,7 milhões de metros cúbicos diários, recuo de 5,6% em relação a fevereiro. Já a produção no pré-sal também ficou praticamente estagnada durante o período, totalizando 2,49 milhões de barris de óleo equivalente durante o intervalo – retração de 0,17 usando a mesma base de comparação.

Enquanto os números de março ainda não refletem os impactos da pandemia do coronavírus, o Ministério de Minas e Energia (MME) já contabiliza os estragos da doença na procura por derivados de petróleo. Passado pouco mais de um mês desde o início das medidas de restrição de circulação no Brasil, a demanda por derivados no país despencou de forma vertiginosa, como era de se esperar. O tombo mais considerável foi na querosene de aviação, que teve retração de 85%.

Em seguida, o segundo combustível mais afetado a figurar na lista é o etanol, com uma queda na demanda de 44%. No caso da gasolina, o recuo foi de 33%. A pasta ainda cita as reduções pela procura de gás natural e diesel, de 20% e 18,6%, respectivamente. A única exceção foi o gás liquefeito de petróleo (GLP), que teve um aumento na demanda de 16,6%.

Os reflexos também bateram na porta do setor elétrico. De acordo com dados do Relatório do Comitê Executivo do MME, a redução na carga do país nesse primeiro mês de medidas de distanciamento social chegou a 15,5 GW (-22%). Esse volume é maior que todo o consumo da região Sul em condições normais. A queda representa ainda o consumo da região Nordeste inteira mais um terço da região Norte.

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