SANKO AFIRMA TER PAGO COMISSÕES A ESPOSAS DE EXECUTIVOS DA CAMARGO CORRÊA

Refinaria Abreu e LimaUm dos donos da empresa Sanko Sider, que forneceu uma grande quantidade de tubos para a Refinaria Abreu e Lima (Rnest), contou ter pago comissões para as esposas de dois diretores da Camargo Corrêa, por meio de duas empresas. As informações foram prestadas em depoimento à Justiça Federal, após investigadores descobrirem os depósitos por meio da Operação Lava Jato. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com a reportagem, foram pagos R$ 2 milhões, divididos igualmente, às duas empresas, que pertencem à esposa do vice-presidente da Camargo Corrêa, Eduardo Leite, e do diretor de óleo e gás da empreiteira, Paulo Augusto Santos da Silva. Os pagamentos foram feitos em 2013.

Segundo o texto, os detalhes da operação foram passados aos investigadores pelo próprio dono da Sanko, Marcio Bonilho, em interrogatório no dia 20 de outubro à Justiça Federal. Na ocasião, ele disse que os repasses às empresas foram feitos por desentendimentos entre o doleiro Alberto Youssef, intermediário do esquema, e os executivos da Camargo, que pediram para os pagamentos serem feitos dessa maneira.

O advogado de Bonilho e da Sanko afirmou ao jornal que todos os repasses para as empresas de Youssef e outras tiveram relação com tratativas comerciais e comissões ligadas a produtos e serviços efetivamente fornecidos para as obras da Rnest, negando que tenha havido subornos.

Os advogados dos executivos da Camargo Correa também negaram irregularidades nas ações e afirmaram que as empresas das esposas do vice-presidente e do diretor da empreiteira realmente prestaram serviços à Sanko. A Camargo afirmou que repudia “vazamentos seletivos sem possibilidade de defesa” e negou ter feito qualquer pagamento a Youssef ou a suas empresas.

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