USIMINAS FECHA ACORDO PARA AUMENTO DE CAPITAL COM CREDORES E SUSPENDE PAGAMENTOS POR 120 DIAS

rômel souzaO futuro da Usiminas começa a tomar forma. Após longas complicações quanto a uma reestruturação, a companhia assinou acordos com credores brasileiros e japoneses para suspender suas obrigações financeiras pelo prazo de 120 dias, medida que está condicionada à proposta de aumento de capital de R$ 1 bilhão, aprovada na última semana. Divulgados pela empresa nesta sexta-feira (18), os tratados determinam a suspensão das obrigações de pagamento do principal volume de financiamentos e das obrigações de cumprimento de índices financeiros estabelecidos nos contratos junto a credores.

O aumento de capital, custeado pela japonesa Nippon Steel, foi aprovado pelo conselho da siderúrgica como forma de evitar um pedido de recuperação judicial e deve ainda passar por assembleia geral antes de entrar em vigor. Com o novo acordo, os credores também se comprometeram a não declarar o vencimento antecipado das obrigações financeiras da empresa, liderada pelo presidente Romel Erwin de Souza (foto).

Caso a injeção de R$ 1 bilhão não seja aprovada em assembleia, os tratados deixarão de vigorar antes do prazo de 120 dias. Uma mudança também pode ocorrer caso a companhia opte por outra alternativa de aumento de capital, o que deverá ser analisado nos próximos dias. Parceira da Nippon no empreendimento, a ítalo-argentina Techint propôs um aumento de até R$ 563 milhões.

O cenário não é fácil para a Usiminas, que vem sendo impactada pela crise do setor de siderurgia e enfrenta hoje uma forte baixa em suas finanças. Na última semana, a companhia colocou 1,2 mil empregados em licença remunerada na usina de Cubatão, em medida que busca reduzir gastos com logística e serviços. Ao longo do último ano, a unidade contou com diversas paralisações e mais de 2 mil demissões.

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