PDVSA PASSA A EXIGIR PRÉ-PAGAMENTO EM DINHEIRO PARA LIBERAR NAVIOS CARREGADOS DE PETRÓLEO VENEZUELANO

pedroA estatal venezuelana de petróleo PDVSA está exigindo pré-pagamento em dinheiro antes dos carregamentos de petróleo. A empresa, em dificuldades financeiras e de caixa, endureceu os termos para os compradores após uma interrupção de um mês na maioria das exportações de petróleo e combustível por calotes sucessivos ou por pagamentos de dívidas realizadas com tradings internacionais. O novo presidente-executivo da companhia, Pedro Tellechea, implementou a mudança neste mês. Ele reforça que as medidas implementadas no ano passado, depois que vários compradores deixaram de pagar pelo petróleo. Sua determinação congelou os carregamentos, até afastou alguns navios que começaram a receber petróleo, até que a revisão fosse concluída e os contratos de venda pudessem ser modificados.

Na última sexta-feira (27), cerca de 30 navios, incluindo 21 superpetroleiros, esperavam perto dos portos para carregar cerca de 45 milhões de barris de petróleo bruto e combustível para exportação. Outros quatro navios haviam embarcado, mas aguardavam autorização para partir. Os novos termos restringem uma ampla variedade de modalidades de contrato a alguns que exigem pré-pagamento de cargas totalmente em dinheiro ou permitem o pagamento por meio de bens e serviços à Venezuela, mas devem ser recebidos antes que a Venezuela libere o petróleo, de acordo com os documentos.

Os novos modelos estabelecem prazos inferiores a 30 dias para a conclusão de transferências bancárias ou liquidação de saldos devedores. Nos casos de trocas em queporto a venda de petróleo exceda o valor dos bens ou serviços, a Venezuela deve receber qualquer saldo pendente em espécie. Mesmo os compradores de longo prazo devem cumprir as novas regras que exigem o pagamento integral em dinheiro antes de cada entrega de petróleo. Até os contratos com a cubana Cubametales e a estatal iraniana Naftiran Intertrade Co (NICO) estavam entre os poucos  ainda em vigor. Um outro  contrato com a Chevron, para o pagamento da dívida, não foi afetado. A PDVSA continuou a carregar navios fretados pela Chevron e descarregar importações da empresa americana. Um contrato para pagar uma dívida com a China com petróleo continuou, embora o cliente tenha enfrentado mais de 30 dias de atrasos no carregamento.

Antes das sanções dos EUA, a PDVSA costumava receber cartas de crédito como garantias se os compradores fossem liberados para se tornarem clientes estabelecidos e os pagamentos fossem concluídos em 90 dias. Os mecanismos de auditoria foram suspensos há cerca de dois anos, quando as sanções forçaram a saída de clientes tradicionais, que foram substituídos por intermediários pouco conhecidos e sem histórico de vendas de petróleo. Agora, a maioria dos contratos propostos implica uma forma de troca, então a PDVSA paga com petróleo em troca do governo receber alimentos, remédios ou serviços, incluindo reconstrução de casas e equipamentos de telecomunicações.

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