SERGIO MORO DEFENDE PERMANÊNCIA DE MARCELO ODEBRECHT NA PRISÃO

sergio MoroSe depender do juiz Sergio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba e responsável pelas investigações da Operação Lava Jato, Marcelo Odebrecht, presidente da Odebrecht, ficará mais um bom tempo na cadeia. A manutenção da prisão preventiva do empreiteiro foi defendida em um ofício do magistrado endereçado ao Tribunal Regional Federal (TRF) da 4ª Região.

Moro afirmou que os indícios de pagamento de propina pela Construtora Norberto Odebrecht e pela Braskem, duas das empresas do grupo, remetem à responsabilidade de “alguém com poder de gestão sobre as duas”. O fato de não ter buscado assinar um acordo de leniência também foi citado pelo juiz. “Se o paciente não concordasse com os crimes, seria de se esperar a apuração interna dos fatos, a demissão dos subordinados e busca de acordos de leniência”, constava no ofício.

O volume de provas contra a construtora Norberto Odebrecht, única do grupo investigada até o momento, tem aumentado, de acordo com Sergio Moro. O juiz citou os 135 telefonemas entre Rogério Araújo, executivo do Grupo, e Bernardo Freiburghaus, tido como doleiro da companhia na Europa, seguidos por depósitos em contas controladas por ex-executivos da Petrobrás, como Paulo Roberto Costa, Pedro Barusco e Renato Duque, apresentados pelo Ministério Público Federal.

Em acordo de delação premiada, Barusco e Costa já confirmaram o recebimento de propina e apontaram Freiburghaus como operador dos depósitos em contas mantidas no exterior para receber dinheiro proveniente da Odebrecht.

Marcelo Odebrecht foi preso em 19 de junho, durante a 14ª fase da Operação Lava Jato. O executivo está desde então na carceragem da Polícia Federal em Curitiba. Além dele, o presidente da Andrade Gutierrez, Otavio Marques Azevedo, também teve sua prisão preventiva decretada na mesma ocasião.

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